A Palavra de Deus contra a Suprema Injustiça

Postado em 14-06-2019

“Não te aproximarás dum homem como se fosse mulher, porque é uma abominação (…) Todo aquele que cometer alguma destas abominações, perecerá do meio do povo.” (Lev. 18, 22 e 29).

“Aquele que pecar com um homem, como se ele fosse uma mulher, ambos cometeram uma coisa execranda, sejam punidos de morte; o seu sangue caia sobre eles.” (Lev. 20, 13)

“O próprio aspecto do seu semblante depõe contra eles, pois fizeram como os de Sodoma, pública ostentação do seu pecado e não o encobriram. Ai da sua alma! porque lhes será dado o castigo merecido.” (Is. 3, 9)

“O clamor de Sodoma e de Gomorra aumentou, e o seu pecado agravou-se extraordinariamente.” (Gen. 20, 19)

“Pelo que Deus os abandonou aos desejos do seu coração, à imundície; de modo que desonraram os seus corpos em si mesmos, eles que trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a criatura de preferência ao Criador, que é bendito por todos os séculos. Amen. Por isso, Deus  entregou-os a paixões de ignomínia. Porque as suas próprias mulheres mudaram o uso natural em outro uso, que é contra a natureza. E, do mesmo modo, também os homens, deixando o uso natural da mulher, arderam nos seus desejos mutuamente, cometendo homens com os homens a torpeza, e recebendo em si mesmos a paga que era devida ao seu desregramento. E, como não procuraram conhecer a Deus, Deus abandonou-os a um sentimento depravado, para que fizessem o que não convém, cheios de toda a iniquidade, de malícia, de fornicação, de avareza, de maldade, cheios de inveja, de homicídios, de contendas, de engano, de malignidade, mexeriqueiros, detratores, odiados por Deus, injuriadores, soberbos, altivos, inventores de maldades, desobedientes aos pais, insensatos, sem lealdade, sem afeto, sem lei, sem misericórdia. Os quais, tendo conhecido a justiça de Deus, não compreenderam que os que fazem tais coisas são dignos de morte; e não somente quem as faz, mas também quem aprova aqueles que as fazem.” (Rm. 1, 24-32)

“A lei não foi feita para o justo, mas para os injustos e desobedientes, para os ímpios e pecadores, para os irreligiosos  e profanos, para os parricidas, matricidas e homicidas, para os fornicadores, sodomitas, roubadores de homens, para os mentirosos e perjuros, e para tudo o que é contra a sã doutrina.” (I Tim 1, 9-10)

“Porventura não sabeis que os injustos não possuirão o reino de Deus? Não vos enganeis: Nem os fornicadores, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os que se dão à embriaguez, nem os maldizentes, nem os roubadores possuirão o reino de Deus.” (I Cr. 6, 9-10)

“E, se Deus condenou a uma total ruína as cidades dos de Sodoma e de Gomorra, reduzindo-as a cinzas, pondo-as por exemplo daqueles que venham a viver impiamente; e livrou o justo Lot oprimido pelas injúrias e pelo viver luxurioso desses infames, porque era justo de vista e de ouvido, habitando entre aqueles que todos os dias atormentavam a sua alma justa com obras detestáveis; é (porque) o Senhor sabe livrar os justos da tentação e reservar os maus para o dia do juízo, a fim de serem atormentados.” (2, Pdr 1, 6-9).

“Assim como Sodoma e Gomorra, e as cidades circunvizinhas, que fornicaram com elas, e se abandonaram ao prazer infame, foram postas por escarmento, sofrendo a pena do fogo eterno, da mesma maneira também estes contaminam a sua carne, e desprezam a dominação (de Cristo), e blasfemam da majestade.” (Jd. 7)

 

A que se deve a calamidade que vivemos estes dias no Brasil?

Apontar as causas imediatas, dizer que tudo é consequência da falência do nosso sistema político, dizer que a causa é o ativismo judiciário, a desastrosa representação política de um parlamento desmoralizado, tudo isto é evidente, mas de menor importância para a compreensão do drama por que passa a família brasileira nestas horas.

É preciso compreender as razões últimas para que haja esperança de no futuro poder arrancar o mal pela raiz.

E a causa última é a religião do homem que tomou o lugar do culto devido a Deus. No encerramento do Vaticano II Paulo VI implorou que os humanistas adeptos da cultura secularizada do mundo moderno reconhecessem ao menos que a Igreja do Vaticano II também tinha o culto do homem.

A causa do drama que vivemos hoje é  que a Igreja do Vaticano II abraçou como sua cartilha, como seu novo decálogo, a Declaração Universal dos direitos humanos, que se substituiu à antiga doutrina escolástica do Direito Natural. Desde o Vaticano II prevalece em quase todos os meios católicos a doutrina dos direitos humanos como sucedânea espúria e venenosa da Lei Natural que se impunha à consciência humana como uma participação da Lei Eterna.

A causa última é a democracia baseada no dogma da soberania popular (todo poder emana do povo e em seu nome é exercido). A causa última é a democracia pluralista do dogma ultramoderno do multiculturalismo, o sofisma dos nossos dias que diz que é possível haver agrupamento humano sem identidade cultural, como se cada indivíduo fosse um rei soberano que pudesse viver como bem entende.

Nos últimos cinquenta anos parece que nos ambientes católicos reviveu-se o que o Espírito Santo condena pela boca do Apóstolo: “Adoraram e serviram a criatura de preferência ao Criador.”

Quando João Paulo II, no Jubileu do Ano 2000, pediu perdão pelos “crimes” cometidos pela Igreja no passado, o escritor inglês Paulo Johson o criticou em memorável artigo sob o título “Quando Deus pedirá perdão por ter destruído Sodoma e Gomorra”.

Francisco I, digno sucessor de João Paulo II na dinastia dos papas pós-conciliares, pediu perdão aos gays em nome da Igreja.

Depois de tanta demagogia, de tanta baixeza, de tanta traição, não é de pasmar que hoje se sofra a Suprema Injustiça.

Só é doloroso, e pede a Deus vingança, que a família católica que tanto amamos esteja ameaçada.

 

Anápolis, 14 de junho de 2019.

Sexta-feira dentro da oitava de Pentecostes.