O dever moral de votar em Bolsonaro para presidente

Postado em 16-09-2022

Pe. João Batista de A. Prado Ferraz Costa

Na qualidade de sacerdote católico, julgo-me no dever de declarar publicamente meu voto em Jair Messias Bolsonaro para Presidente da República e orientar os católicos para que o sufraguem no próximo pleito eleitoral.

Nós brasileiros vivemos um momento histórico supremo, encontramo-nos em uma encruzilhada, em que, de um lado, temos como um dos candidatos à suprema magistratura da nação Jair Bolsonaro, um homem que, bem ou mal, (com sinceridade ou não, Deus o julgará) assumiu com a sociedade brasileira o compromisso de governar o País de acordo com os dez mandamentos da Lei de Deus: respeito à vida humana no ventre materno desde o primeiro instante da concepção, respeito à religião, respeito à família e ao direito de propriedade.

Tudo isto é mérito de Jair Bolsonaro, ainda mais se considerarmos que, assumindo tal compromisso, ele provoca as iras da elite globalista anticristã. No exercício do governo da república, Bolsonaro, apesar dos ataques  da sórdida mídia vendida para os interesses da China, apesar das urdiduras e das mesquinharias da oposição no Congresso Nacional, mostrou-se um administrador responsável, com um bom ministro da Fazenda, que tem sabido conter a inflação e gerar empregos, superando todas as dificuldades ocasionadas pela pandemia. Fez um governo honesto em que não houve escândalos de corrupção.

Do outro lado da encruzilhada em que nos encontramos temos o sr. Luís Inácio Lula da Silva, que não esconde sua pretensão de, caso seja eleito, pôr em execução uma terrível agenda anticristã: legalização do aborto, “casamento” homossexual, liberação das drogas, promoção da ideologia de gênero, proteção do banditismo nas ruas etc. Tudo isto sem dizer que Lula chefiou um dos governos mais corruptos da história do mundo.

Urge, pois, que sejamos realistas, responsáveis e prudentes; urge que não sejamos omissos. Quem, podendo dar sua contribuição para afastar o mal, não o faz, terá de prestar contas a Deus. Não é hora de vir com purismos, dizendo a bobagem de que Bolsonaro não merece nosso voto porque é tão ruim quanto Lula, porque ambos são farinha do mesmo saco. É uma estupidez, na triste realidade atual, em que não há a mínima condição sócio-cultural para a realização do Reinado Social de Nosso Senhor Jesus Cristo, esperar por um São Luís de França, por um São Fernando de Castela, por um Garcia Moreno, um Franco ou um Salazar. O que temos é Jair Messias Bolsonaro que, ao menos, nos garante a liberdade de praticar nossa religião publicamente, que nos garante respeito às nossas famílias e faz avançar a economia, para que tenhamos pão sobre a nossa mesa. Lembrem-se da era do lulopetismo: era uma agressão diária aos nossos valores morais mais sagrados, ouvíamos diariamente um eco do inferno gritando de ódio contra a ordem social cristã.

É oportuno dizer ainda aos puristas que vão votar em branco que Pio XII, após a segunda guerra mundial, quando a Itália viveu sob a ameaça de os comunistas tomarem o poder, orientou os católicos para que votassem na Democracia Cristã, embora esta agremiação política estivesse longe de defender a doutrina social da Igreja em sua integridade. No entanto, era a atitude católica prudente naquela conjuntura. Pio XII chegou, então, a obrigar os religiosos a sair de seus conventos para participar das eleições a fim de afastar o perigo do comunismo.

Perguntaria também a esses tais puristas ou cátaros que dizem nem Bolsonaro nem Lula: se os senhores vivessem na época do Imperador Constantino, que tanto bem fez à Igreja, apesar de ser ariano, os senhores ficariam contra Constantino? Como na época de Constantino, estamos ainda longe de ter um Carlos Magno. Contentemo-nos, por enquanto, com Jair Bolsonaro, que, realmente, nos dias de hoje, representa a misericórdia divina sobre a nação brasileira impetrada por intercessão da nossa Santa Rainha Nossa Senhora da Conceição Aparecida.

Anápolis, 16 de setembro de 2022.

Festa dos Santos Mártires Cornélio e Cipriano